Mediunidade também na mídia
Por: Orson Peter Carrara
Os
temas apresentados pelo Espiritismo vivem agora a época de explosão na mídia.
Antes eram ridicularizados, expostos até com agressão ou ironia, e agora surgem
marcantes no cotidiano humano. É que, pela naturalidade da ideia espírita – não
inventada, nem imaginada, mas lei natural – os princípios que estruturam o
Espiritismo estão gradativamente sendo absorvidos e assimilados pela cultura,
pelos formadores de opinião e pelo público em geral, exatamente como fruto do
amadurecimento da mentalidade humana.
Não
é de se admirar, mas de se alegrar com os novos tempos. É muito natural que
isso ocorra, é inevitável, pois que o Espiritismo está nas próprias leis
naturais. Faltava apenas o amadurecimento trazido pela Lei de Progresso, como
igualmente exposta em O Livro dos Espíritos.
Filmes,
novelas, documentários, peças teatrais e músicas, entrevistas e variados
programas de rádio e TV já trazem o cunho espiritualista e com facilidade
migram para os temas estudados pela Doutrina Espírita. A reencarnação e a
mediunidade, antes contestados e com grande resistência, hoje são tratados com
naturalidade, especialmente fora do movimento espírita.
No
caso específico da mediunidade, especialmente com as facilidades apresentadas
pela internet, os filmes, entrevistas e documentários – nacionais ou não – já
trazem expressiva dose de esclarecimento , apesar de pequenas distorções e
faltando ainda a clareza de O Livro dos Médiuns como aporte para o correto
proceder.
Isso
faz pensar no cuidado que expositores, articulistas e escritores, médiuns,
dirigentes e instituições devemos ter no trato com essa extraordinária
faculdade humana que é a mediunidade, não exclusiva do Espiritismo, mas por ele
orientada.
Agora
que há mais busca pelo conhecimento espírita, nas instituições, motivada pelas
facilidades da internet, o compromisso se agrava na seriedade com a temática
deve ser tratada, priorizando o esclarecimento genuíno trazido pela
Codificação. Prevenindo-se de fanatismo, endeusamento de médiuns ou
palestrantes, dirigentes ou aplicadores dos recursos do passe, todos somos
responsáveis pelo encadeamento que dermos à prática mediúnica em nome do
Espiritismo.
Na
recepção das pessoas ou no atendimento fraterno, na organização do programa de
atividades nas instituições, há que se superar condicionamentos, posturas
arcaicas ou autoritarismo e ameaças de qualquer espécie, mas correto
direcionamento para que a pessoa estude e conheça o Espiritismo, para não se
equivocar na prática mediúnica que, a cada dia, torna-se mais comum nos
diferentes estágios de vivência humana, independente de crença, sexo, condição
social e outros fatores que podem ser citados.
Para
isso é insuperável o monumental O Livro dos Médiuns que, diga-se de passagem,
não pode ser esquecido inclusive pelos veteranos. Devemos todos estudar a obra continuamente para
oferecer orientação segura a tanta gente que chega. E os que estamos
diretamente envolvidos com a prática mediúnica, nunca nos declararmos sabedores
da obra, porque espíritas há décadas ou desde o nascimento. Como diz um velho
amigo, se não abrimos qualquer dos livros da Codificação há uma semana, estamos
já desatualizados há uma semana, tamanho o conteúdo didático das obras que
crescem aos nossos olhos, conforme avança a lei inevitável do progresso, que
amadurece as criaturas humanas e, por consequência, a sociedade em seu todo.
Por tudo isto vemos uma vez a
atualidade e grandeza da Codificação Espírita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário